sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Maior acidente aéreo da história de Sena Madureira completa hoje 41 anos


Professor Tupanir Gaudêncio da Costa e seu filho Cleiber Rocha da Costa,vitimas do acidente.


Na data, 28 de setembro, de 1971, um DC-3 da Cruzeiro do Sul caía no município de Sena Madureira, nas proximidades do Rio Caeté. Depois de levantar voo, a aeronave não conseguiu ganhar altura e caiu. Eram 10h10min. A cidade passou um bom tempo para se recuperar da tragédia.

No acidente morreram as seguintes pessoas, incluindo a tripulação.

De Sena Madureira e Rio Branco

Francisco Pedroso da Silva;
Orlando Vieira da Mota;
Valeria Maria de Oliveira;
Bárbara Heliodora de Lima Bezerra;
Jecineide Braña;
Bispo Dom Giocondo Maria Grott;
Miguel Silva;
Pedro Vitor Feitosa;
Arquimedes Rodrigues da Conceição.

De Cruzeiro do Sul

Raimundo Vieira da Costa;
Milton Quadreni;
Jair Martins Marque;
Aymar Pallera de Albuquerque;
Luiz Carlos Ramos;
Lidia Duarte Magalhães;
Silverio Nazaré;
Maria Ermengada Dias;
José Luiz Farias dos Santos;
Osvaldo Dilson Magalhães;
José das Chagas Pereira;
Pantaleão Nicácio da Silva.

De Tarauacá

Erasmo de Castro Melo;
Tupanir Gaudencio da Costa (Prefeito de Tarauacá);
Cleiber Rocha da Costa.


De Feijó

Maria do Carmo Cassiano;
Zenilda Gomes Leitão;
Neusa Gomes Leitão;

Tripulação

Comandante Dutra;
Lopes;
Nivaldo;
Gaspar. 

fonte: oestadoacre

O maior acidente aéreo do município aconteceu três dias após Sena Madureira ter completado 67 anos de fundação.

Imagem do local do acidente na época do acontecido, com populares em meio aos destroços da aeronave/Foto: Arquivo
Imagem do local do acidente na época do acontecido, com populares em meio aos destroços da aeronave/Foto: Arquivo

Foi no dia 28 de setembro de 1971 que Sena Madureira registrou o maior acidente aéreo de sua história. Minutos após ter feito a decolagem, o avião DC3, da empresa Cruzeiro do Sul, que viajava com destino a Rio Branco, apresentou problemas no motor, bateu em uma árvore e caiu em um matagal na comunidade Boca do Caeté.



Aquele dia fatídico deixou saldo de 33 mortos entre passageiros e tripulação. Ao cair no solo, o avião explodiu não deixando nenhum sobrevivente. Todos morreram carbonizados.


Bispo Dom Giocondo Maria Grotti, que a época chefiava a Diocese da Igreja Católica no Acre
Bispo Dom Giocondo Maria Grotti, que a época chefiava a Diocese da Igreja Católica no Acre

Entre as vítimas estava o Bispo Dom Giocondo Maria Grotti, que a época chefiava a Diocese da Igreja católica no Acre. O religioso, que era italiano, estava no Acre em substituição ao Bispo Fontenele de Castro, e havia feito uma visita a Sena Madureira.



Nesta sexta-feira, 28, se completam 41 anos da tragédia. No local do episódio algumas peças do avião ainda podem ser encontradas, como o motor e outros artefatos. Também foi criada a capela Dom Giocondo, em homenagem ao Bispo.



Em 1971, muitos moradores de Sena Madureira sequer eram nascidos. Por isso, nos dias atuais, professores da escola Anjo da Guarda, que fica na comunidade Boca do Caeté, procuram realizar trabalhos com os alunos, detalhando o triste acontecimento.



A professora Humbelina da Conceição Bezerra, que leciona na referida unidade de ensino, tinha 12 anos de idade na época da tragédia.



– Me lembro que, após a queda do avião, corri em direção ao local, mas não era possível aproximação porque a fumaça era muito forte – comentou.



Sobre a morte do Bispo, até hoje ela se emociona ao relembrar o ocorrido. – Foi ele quem fez minha primeira comunhão e crisma. Uma perda irreparável. Lamentamos também por todas as pessoas – finalizou.

Parte dos destroços do avião permanecem no local do acidente, em Sena Madureira/Foto: Purus Online
Parte dos destroços do avião permanecem no local do acidente, em Sena Madureira/Foto: Purus Online

O funcionário público Antônio Furtado que hoje é presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Sena Madureira tinha 17 anos quando a tragédia aconteceu. À nossa reportagem, ele relatou que ia pra escola na companhia do irmão quando avistaram de longe e correram pra lá. 



“Ao chegarmos lá não deu pra se aproximar porque o fogo estava com quase dois metros de altura. Me lembro bem que os corpos foram resgatados de lá e transportados em caixas de madeira. Um dia antes o Bispo Dom Giocondo tinha ministrado aula pra nossa turma. Foi uma tristeza pra todos nós”, relembrou.



Mesmo depois de passados 41 anos, a tragédia é lembrada com frequência pela população. Segundo informações, muitos dos passageiros tinham vindo a Sena Madureira pela BR-364, ou seja, via terrestre, mas resolveram retornar de avião por conta da época chuvosa, que tornava ruim a trafegabilidade no trecho.



O maior acidente aéreo do município aconteceu três dias após Sena Madureira ter completado 67 anos de fundação.

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