O mês de dezembro não será de alegrias e confraternização para os cerca
de 4 mil professores provisórios com contrato com a Secretaria Estadual de
Educação do Acre (SEE). Revoltados, eles reclamam do clima tenso desde que
foram informados da suspensão dos contratos na primeira quinzena de dezembro. A
decisão governamental deixará os professores provisórios com metade do salário.
O pagamento do final de ano, que geralmente vem acrescido do 13º salário
integral, que serve de balsamo as famílias, pois ajuda a equilibrar as finanças
e proporciona um natal e ano novo tranquilo, esse ano dará lugar ao que eles
chamam de pesadelo.
Uma professora que pediu para não ter sua identidade revelada afirmou
que o clima é tenso e os 24 provisórios da escola onde trabalha estão
desanimados com a notícia.
“Eu trabalho há 12 anos como professora provisória e nunca tinha
acontecido de cortarem nosso salário pela metade. Eles vão nos deixar sem uma
reserva financeira no final de ano e tem colegas desesperados. A SEE ainda
rasgou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, pois não temos condições de
terminar os 200 dias letivos. A notícia trouxe um clima de tensão e desanimo
aos professores”.
A educadora destacou que os provisórios estão reunindo forças para
acionar o Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Sindicato dos
Professores do Acre (Sinproac) para tentar reverter à situação.
Em contato com a Assessoria de Comunicação da SEE,
a reportagem do ac24horas foi informada que a medida é procedente e se faz necessária devido aos
prazos administrativo/financeiro, já que a folha de pagamento deve ser
concluída até o dia 16 de dezembro.
A assessoria destacou que a suspensão dos contratos provisórios estão amparados
por lei e previsto no edital do concurso provisório. Outro ponto ressaltado foi
referente a situação dos provisórios, segundo assessoria não há motivos para
preocupação, pois um novo processo seletivo provisório com mais de 3 mil vagas
está com as inscrições abertas e os novos aprovados serão contratados no final
de janeiro de 2015.
Em relação ao prazo do ano letivo (200 dias), o órgão explicou ainda que
não haverá comprometimento aos alunos, pois os professores efetivos concluirão
o ano letivo nas escolas que apresentarem atrasos no cronograma
Ângela Rodrigues, da redação do ac24horas25/11/2014 10:01:36